domingo, 28 de outubro de 2007

"A distância entre nós"

Este livro foi muito bem recomendado pela minha prima Vanessa Câmara, e como ela é uma assídua leitora e de refinado poder de sensibilidade, confiei nela e o li com audácia. Vanessa e eu temos em comum o gosto pela leitura, implicitamente o gostar de saber mais é óbvio portanto. Ela é aquela prima doce e alegre de sempre, porém eu sinto que não temos intimidade alguma, por sermos da mesma família, família não são apenas aqueles têm o mesmo sobrenome ou advém da mesma origem de sangue, mas aqueles que realmente gostamos, daqueles que permutamos confidências e brigamos com o intuito de confirmar nosso amor um pelo outro.

Pois bem, voltando ao livro, posso dizer que achei a capa do livro bem original, a mesma possui mantas características da índia com diversas cores perfeitamente sincronizadas. Outra coisa que me chamou a atenção foi o nome da Autora, Thrity Umrigar, que passei por baixo, uns dois minutos tentando pronunciar de forma fluente e, entre bicos e bocas esperançosos para um acerto, meus olhos desviam-se e olham a palavra "Romance" abaixo do nome da autora. Na mesmo instante pensei em uma bela e caloroza história de amor indiana, em Goa, repleto de propriedades únicas que tornam um livro assaz abrangente sobre o amor.

Depois, virei o livro a fim de encontrar algum comentário acerca da obra ou a sinopse da mesma. Achei e isso me fez ficar mais e mais entusiasmado com o novo mundo que iria encontrar naquelas linhas intermináveis. A sinopse dizia: " BOMBAIM, ÍNDIA. Duas mulheres. Duas vidas. Dois destinos que poderiam ser um só. Sera e Bhima estão indiscutivelmente ligadas, seja pelo silêncio ou pela cumplicidade. Mas ao mesmo tempo estão distantes, separadas por uma fronteira intransponível. Como se o fio que as une não fosse forte o suficiente para agüentar uma descarga elétrica, força que parece definir a sorte e a tragédia da patroa e da empregada. Duas vidas marcadas pela decepção, enganadas pela traição, sujeitas a uma sociedade cruel cuja voz berra e marca a fogo a existência dessas mulheres. A Distância Entre Nós é um romance avassalador, envolvente, intenso. Você não conseguirá parar de lê-lo, e não será o mesmo quando alcançar a última pagina. Acredite". Pensei e refleti se realmente um livro poderia me mudar por completo, não sabia exatamente no que ia me meter, por isso, comecei a lê-lo.

Amarga desilusão. O livro não era sobre um romance convencional, na verdade, a única coisa em que eu penso até hoje, é que a autora fala em amor, pela vida. E olhe lá. O livro narra a história de Bhima, uma empregada domestica onde a vida é uma verdadeira desgraça, porém com uma emoção, com um vocabulário particular e um modo de escrever avassalador, essa autora me fez ficar inquieto diversos momentos durante a minha leitura. Ela vociferava sobre sofrimentos e acontecimentos rudes com um alfaiate faz uma luva de seda. Tépido, calmo e com detalhes. Ao chegar ao fim, depois de parar duas vezes de ler por estar completamente perturbado diante de tanta atrocidade, eu vejo que o fim é realista. Um fim daqueles que não te dá esperança, daqueles anti-poéticos que só fazem você perder o idílio do brilho da vida.


Ler é gostoso, abre a mente fazendo nós pensarmos por nós mesmo, além de escancarar a visão de mundo. O livro é bom, é bem escrito, com analogia assaz inteligentes e demasiadamente profundo acerca dos assuntos da vida privada de cada um.

Abraço e boa leitura. =*

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Por do Sol em Veneza


Fui à Veneza em Julho desse ano, um sonho se realizou naquele dia, que nesse momento minha mente não pode precisar. Essa cidade, de um pouco mais de 200 mil habitantes, é diferente só pelo fato de chegar. E acho que isso é feito de propósito. Estou falando que não existe nenhuma ponte para que pessoas possam adentrar a cidade a pé ou de carro, e na verdade, eu gosto disso.

Chegamos lá por volta de umas dez horas da manhã e eu nunca senti tanto calor na vida. Minha vontade era de ficar nú. Por completo. Não só pelo calor que já estava me fazendo perder a paciência, mas porque a Itália possui libido no vento. Aquele país é o centro da libertinagem, um verdadeiro luxo para os românticos.

O comércio daquela cidade é tão completo que as pessoas se perdem entre os canais de água verde azulada e lojas de grifes modernérrimas. Me disseram que Veneza fedia e tinha muitos pontos que faziam suas necessidades encima das pessoas. Meu olfato não presenciou nenhum odor, os pombos, realmente são múitos, porém tive a sorte de todos eles estarem com prisão de ventre durante minha estada a essa maravilhosa cidade.

Me perdi em Veneza, várias vezes, isso mostra que eu andei muito por ela, acredito que por toda ela. Porém uma coisa me deixou intrigado. Não ficamos para ver o por do sol perto da Catedral de São Marcos, que por sinal, é muito bem desenhada. Meu desejo é de um dia voltar lá, esperar e presenciar o terno por do sol de uma das cidades mais diferentes que o mundo pode ter. De preferência, comendo Blueberries e lembrando de alguém que me fez muito feliz quando estávamos por lá.

Essa foto foi tirada por Patricia Costa, e sua foto me inspirou a falar sobre o que eu senti naquela cidade e o que eu desejo pro futuro.

Obrigado a você que teve a paciência de ler. Abraço forte.
: )