quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
"Crônicas Alheias" : Lixo
- Bom dia...
- Bom dia.
- A senhora é do 610.
- E o senhor do 612.
- É.
- Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...
- Pois é...
- Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto seu lixo...
- O meu quê?
- O seu lixo.
- Ah...
- Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena...
- Na verdade sou só eu.
- Mmmm. Notei também que o senhor usa muito comida em lata.
- É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar ...
- Entendo.
- A senhora também.
- Me chame de você.
- Você também perdoe a minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida em seu lixo. Champignons, coisas assim...
- É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas, como moro sozinha, às vezes sobra...
- A senhora, Você não tem família?
- Tenho, mas não aqui.
- No Espírito Santo.
- Como é que você sabe?
- Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo.
- É mamãe escreve todas as semanas.
- Ela é professora?
- Isso é incrível! Como foi que você adivinhou?
- Pela letra no envelope. Achei que era letra de professora.
- O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo.
-Pois é ...
- No outro dia tinha um envelope de telegrama amassado.
- É.
- Más notícias?
- Meu pai. Morreu.
- Sinto muito.
- Ele já estava bem velhinho. Lá no Sul. Há tempos que não nos víamos.
- Foi por isso que você recomeçou a fumar?
- Como é que você sabe?
- De um dia para o outro começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas no seu lixo.
- É verdade. Mas consegui parar outra vez.
- Eu, graças a Deus, nunca fumei.
- Eu sei. Mas tenho visto uns vidrinhos de comprimido no seu lixo...
- Tranqüilizantes. Foi uma fase. Já passou.
- Você brigou com o namorado, certo?
- Isso você também descobriu no lixo?
- Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora. Depois, muito lenço de papel.
- É, chorei bastante, mas já passou.
- Mas hoje ainda tem uns lencinhos...
- É que eu estou com um pouco de coriza.
- Ah.
- Vejo muita revista de palavras cruzadas no seu lixo.
- É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é.
- Namorada?
- Não.
- Mas há uns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha.
- Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.
- Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte.
- Você já está analisando o meu lixo!
- Não posso negar que o seu lixo me interessou.
- Engraçado. Quando examinei o seu lixo, decidi que gostaria de conhecê-la. Acho que foi a poesia.
- Não! Você viu meus poemas?
- Vi e gostei muito.
- Mas são muito ruins!
- Se você achase eles ruins mesmo, teria rasgado. Eles só estavam dobrados.
- Se eu soubesse que você ia ler...
- Só não fiquei com eles porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei: o lixo da pessoa ainda é propriedade dela?
- Acho que não. Lixo é domínio público.
- Você tem razão. Através do lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se integra com a sobra dos outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. Será isso?
- Bom, aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que...
- Ontem, no seu lixo...
- O quê?
- Me enganei, ou eram cascas de camarão?
- Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei.
- Eu adoro camarão.
- Descasquei, mas ainda não comi. Que sabe a gente pode...
- Jantas juntos?
- É.
- Não quero dar trabalho.
- Trabalho nenhum.
- Vai sujar a sua cozinha?
- Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos pra fora.
- No seu lixo ou no meu?
Luis Fernando Verissimo
Seção: "Crônicas Alheias"
Acredito que será uma experiência rica e única, selecionei várias crônicas (quatro) que tive a oportunidade de ler e irei, no decorrer do tempo, disponibilizá-las, aqui, no Blog para que possam usufruir de uma extensa criatividade e cultura.
Caso você tenha lido algo interessante ou criou algum texto e queria compartilhar conosco, por favor, mande-me um e-mail ou um scrap via Orkut. Será um prazer adicionar suas palavras em nossa seção.
Um grande abraço a todos e boas leituras.
domingo, 2 de dezembro de 2007
Il faut du temps au temps
On parle de toi, on parle souvent
et tant de fois jusqu’à présent.
Sans réfléchir, sans faire d’esprit
d’un avenir cher à ce prix,
mais mon parler est bien trop franc
devant tes excuses à deux francs.
Je pense encore être invincible,
de tout mon corps être indicible...
Et s’il le faut, je veux bien croire
tous mes défauts dans un tiroir.
Ce qu’il nous faut, un coup un boire...
Allons nous noyer dans tous les bars !
C’est dans tes bras que je ressens
ce que ta bouche a dans le sang.
Pourquoi me dire ce que l’amour
avait de pire pour les beaux-jours ?
Quand on rêvait, on parlait peu,
maintenant tu causes et pas qu’un peu...
Y’avait des gosses, on était vieux,
c’était minable, mais savoureux...
Et s’il le faut, je veux bien croire
tous les ragots, brèves de comptoirs.
Ce qu’il nous faut, c’est se coucher tard...
Allons nous paumer dans tous les bars !
Il faut du temps au temps et la manière
pour que deux amants restent de pierre,
et si de temps en temps ce goût amer
était le fruit de nos prières ?
Paroles : Barnabé Saïd-albert
Musique : Armelle Ita & Makali
Uma música sensacional, sexy, um poço de valores e delicadezas.
Procura-se um amigo
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.
Supostamete, Vinícius de Moares
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Possibilidades
"E se", "talvez", "Quiçá", "Quem sabe", "Porventura", "É possível", "Será", entre outras, são experessões que utilizo e tenho tido a sorte de encontrar pessoas que gostam de ser perder no tempo enveredando acerca das possibilidades que poderiam ter acontecido, que acontecem e que poderão acontecer. Dialogar sobre possibilidades é uma prática instigante e sobretudo inteligente. É algo cem porcento mental e imaginável, as possibilidades têm o poder de nos levar a lugares nunca antes vistos, ou situações "impresenciadas, elas podem ser somente frutos de nossos almejos ou algo que inevitavelmente está por vir, de uma forma ou de outra.
É mister lembrar-nos que as expectativas conduzem, ou, apenas podem modificar as possibilidades, os modos de execução. Deixe-me tentar explicar. É como se eu estivesse em uma Rave super lotada, a crowd está completamente louca e animada. O calor humano é perceptível apenas ao se observar. No meio daquela profusão de hormônios ativos e fumegantes, meu olhar repousa em uma garota que veste somente o Top do biquíni, Short jeans Ellus tamanho mínimo, cabelos curtos, pretos como a caixa de som a qual ela está bem próxima, olhos azuis como o mar de Capri e uma pele feita a mão pelo maior dos artistas contemporâneos. PUFF! Minha mente não é mais dona de si. Meus pensamentos são autônomos. As milhões de possibilidades que penso não me permitem parar de olhar para aquele projeto de deusa européia que tanto admiro e desejo.
Eu começo a pensar como seria no momento em que eu me aproximaria dela. Iria olhar pra mim com um belo e doce sorriso e perguntar o meu nome? Será que ela iria me achar bonito? Me chamar de louco, tarado, chamar o namorado e eu acabar evolvendo-me numa briga sem causa? Poderia eu ter a chance de conversar o resto da Rave com essa pessoa que no olhar parece incrível? Será que ela tinha uma conversa coerente e assaz interessante a ponto de um dia podermos nos relacionar profundamente? O mundo inteiro de possibilidades giram dentro do meu próprio eixo e a confusão que me embriaga de sensações, desponta em mim a curiosidade voraz, aquela que vai chamar a coragem para chegar perto e descobrir que possibilidade eu pensei que será a que tornará efetiva no mundo real. E os meus atos possibilitaram as possibilidades as quais eu realmente queria?
Para aqueles que sabem o que quer e pensa em tudo o que pode acontecer, as possibilidades, ou melhor, pensar nelas é uma arma fundamental para se obter o que deseja e acertar nas escolhas devido a atos coerentes.
Kisses. Aonde? Isso depende.... :p
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Omelete de presunto cru, aspargos, camembert e ervas
Por isso, o Chef João bellini, do Bar Astor, estava escrevendo sobre essa receita muito prática em um site que agora não me recordo. Todavia, aí vai.
Ingredientes
3 ovos
20 ml de creme de leite
1 colher de chá de mix de ervas frescas (alecrim, tomilho e manjericão, por exemplo)
Sal a gosto
Pimenta-do-reino a gosto
30g de queijo camembert
30g de aspargos frescos
20g de presunto cru (de Parma) em fatias
Azeite
Modo de preparo
Na tigela, misture (sem bater) os ovos, o creme de leite, o sal, a pimenta-do-reino e as ervas.
Coloque um fio de azeite na frigideira e cubra o fundo com a mistura.
Ponha o queijo e os aspargos no centro, distribua as fatias de presunto cru e, quando a omelete estiver firme, feche dobrando as pontas para o centro.
Tire da frigideira, corte ao meio e sirva.
Para aqueles que preferem coisas lights, podem mudar o queijo, que confesso, é gorduroso, e qualquer coisa que não apeteça.
Abraços. Bom apetite
Maria e seus dois paqueras
Hodiernamente, Maria gosta de duas pessoas ao mesmo tempo e não tem medo de pensar nos dois ao mesmo tempo, mesmo que pensem coisas tenebrosas sobre sua pessoa inocente. Mas, que culpa ela tem de se apaixonar facilmente, pergunta a si mesma. Já tive várias pessoas em minha vida e todas elas sumiram feito cinzas ao vento.
Não, ela nunca teve contato físico com nenhuma dessas pessoas, eu posso garantir. Mas ela quer. E vai. Ela sente saudades deles como se fossem pessoas de anos de amizade ou de eternos sentimentos profundos. Goza como se fosse realmente tocada por eles madrugadas a fio, e sente maravilhosa na manhã seguinte.
Dois amores, dois mundos distintos, uma profusão de sentimentos antagônicos e doces. Uma vida furta-cor de alguém que não tem ninguém e dois ao mesmo tempo. Ela se sente livre, e viva. Amando e imaginando, ela vive.
domingo, 28 de outubro de 2007
"A distância entre nós"
Pois bem, voltando ao livro, posso dizer que achei a capa do livro bem original, a mesma possui mantas características da índia com diversas cores perfeitamente sincronizadas. Outra coisa que me chamou a atenção foi o nome da Autora, Thrity Umrigar, que passei por baixo, uns dois minutos tentando pronunciar de forma fluente e, entre bicos e bocas esperançosos para um acerto, meus olhos desviam-se e olham a palavra "Romance" abaixo do nome da autora. Na mesmo instante pensei em uma bela e caloroza história de amor indiana, em Goa, repleto de propriedades únicas que tornam um livro assaz abrangente sobre o amor.
Depois, virei o livro a fim de encontrar algum comentário acerca da obra ou a sinopse da mesma. Achei e isso me fez ficar mais e mais entusiasmado com o novo mundo que iria encontrar naquelas linhas intermináveis. A sinopse dizia: " BOMBAIM, ÍNDIA. Duas mulheres. Duas vidas. Dois destinos que poderiam ser um só. Sera e Bhima estão indiscutivelmente ligadas, seja pelo silêncio ou pela cumplicidade. Mas ao mesmo tempo estão distantes, separadas por uma fronteira intransponível. Como se o fio que as une não fosse forte o suficiente para agüentar uma descarga elétrica, força que parece definir a sorte e a tragédia da patroa e da empregada. Duas vidas marcadas pela decepção, enganadas pela traição, sujeitas a uma sociedade cruel cuja voz berra e marca a fogo a existência dessas mulheres. A Distância Entre Nós é um romance avassalador, envolvente, intenso. Você não conseguirá parar de lê-lo, e não será o mesmo quando alcançar a última pagina. Acredite". Pensei e refleti se realmente um livro poderia me mudar por completo, não sabia exatamente no que ia me meter, por isso, comecei a lê-lo.
Amarga desilusão. O livro não era sobre um romance convencional, na verdade, a única coisa em que eu penso até hoje, é que a autora fala em amor, pela vida. E olhe lá. O livro narra a história de Bhima, uma empregada domestica onde a vida é uma verdadeira desgraça, porém com uma emoção, com um vocabulário particular e um modo de escrever avassalador, essa autora me fez ficar inquieto diversos momentos durante a minha leitura. Ela vociferava sobre sofrimentos e acontecimentos rudes com um alfaiate faz uma luva de seda. Tépido, calmo e com detalhes. Ao chegar ao fim, depois de parar duas vezes de ler por estar completamente perturbado diante de tanta atrocidade, eu vejo que o fim é realista. Um fim daqueles que não te dá esperança, daqueles anti-poéticos que só fazem você perder o idílio do brilho da vida.
Ler é gostoso, abre a mente fazendo nós pensarmos por nós mesmo, além de escancarar a visão de mundo. O livro é bom, é bem escrito, com analogia assaz inteligentes e demasiadamente profundo acerca dos assuntos da vida privada de cada um.
Abraço e boa leitura. =*
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Por do Sol em Veneza
Chegamos lá por volta de umas dez horas da manhã e eu nunca senti tanto calor na vida. Minha vontade era de ficar nú. Por completo. Não só pelo calor que já estava me fazendo perder a paciência, mas porque a Itália possui libido no vento. Aquele país é o centro da libertinagem, um verdadeiro luxo para os românticos.
O comércio daquela cidade é tão completo que as pessoas se perdem entre os canais de água verde azulada e lojas de grifes modernérrimas. Me disseram que Veneza fedia e tinha muitos pontos que faziam suas necessidades encima das pessoas. Meu olfato não presenciou nenhum odor, os pombos, realmente são múitos, porém tive a sorte de todos eles estarem com prisão de ventre durante minha estada a essa maravilhosa cidade.
Me perdi em Veneza, várias vezes, isso mostra que eu andei muito por ela, acredito que por toda ela. Porém uma coisa me deixou intrigado. Não ficamos para ver o por do sol perto da Catedral de São Marcos, que por sinal, é muito bem desenhada. Meu desejo é de um dia voltar lá, esperar e presenciar o terno por do sol de uma das cidades mais diferentes que o mundo pode ter. De preferência, comendo Blueberries e lembrando de alguém que me fez muito feliz quando estávamos por lá.
Essa foto foi tirada por Patricia Costa, e sua foto me inspirou a falar sobre o que eu senti naquela cidade e o que eu desejo pro futuro.
Obrigado a você que teve a paciência de ler. Abraço forte.
sábado, 22 de setembro de 2007
Trilhas em Natal/RN
Existem três trilhas, "Perobinha", "Peroba" e "Ubaia-Doce", sendo a maior essa última citada, ela possui 4.800m e é realizada geralmente em 2 horas e meia. É um passeio light, tranquilo, com direito a ver cobra comendo rato e tudo mais. Realmente divertido.
É interessante saber que existe esses espaços "verdes" e o modo como ele são conservados. A preocupação do nosso Estado com a natureza é fundamental e estou muito feliz em ver a seriedade que eles tomaram, desde o controle de pessoas até os estudos feitos nas matas.
Essa trilha é uma boa dica para se ir com toda a família e amigos, no fim dela, você se depara com um mirante onde tem uma visão panorâmica de uma boa extensão da Via Costeira, sem contar com um ventinho gostoso na face. Desejo a vocês boas aventuras.
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Fotografias
Acredito que isso seja perigoso para os desavisados. As repercussões são, atualmente, visíveis. Meninas adolescentes morrendo de anorexia nervosa, por quererem ficar iguaizinhas àquelas mulheres completamente modificadas via pixels, ou pessoas fazendo galerias de favelas, ganhando milhões às custas de miseráveis pesssoas do terceiro mundo.
Porém, eu amo a fotografia por nos proporcinar também as belezas do mundo. Gravar marcos e nos ajudar a ter boas lembranças. Ter fotos do que viveu, pra mim hoje, é fundamental, é reconfortante, é alegre. Especificamente, eu adoro o Sunset, tenho até um plano maluco de tirar fotos de vários pôr-do-sóis, no máximo de lugares do mundo. Já até comecei, essa foto foi tirada do Apt. onde moro em Natal-RN. Maravilhoso não?
Um ótimo fim de tarde pra vocês.
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
A arte de acordar um alguém especial às 01:47 am
Entre um devaneio e outro, o frio apertava, o cheiro de fanta laranja com colonial que meus amigos ingeriam me faziam ter nostalgia. Comecei a lembrar e cantarolar uma música de Vanessa da Mata. A música era, Vem, eu cantava como se eu fosse um excelente cantor e cantava como se fosse pra ela, como se ela fosse chegar até mim naquele momento. De repente eu não aguentei tantas lembranças e apertos emocionais e mando uma mensagem do celular de um amigo, crente, crente que ela iria responder e fazer o resto de minha noite mais luminosa, ou pelo menos esperançosa.
Infelizmente ela não respondeu. Inúmeros motivos me passaram pela cabeça, dos piores aos melhores. E fiz uma lista mental, além dos motivos, as causas e consequências de tudo aquilo que a fez não responder àquela mensagem. Cheguei a conclusão que a culpa era minha e a consequência era que eu não iria mais receber respostas, afinal, eu não merecia.
Dias depois, eu realmente confirmo que a acordei e o motivo pelo qual ela não respondeu não continha em minha lista, fiquei pasmo. Nunca imaginaria que ela ainda queria falar comigo. Se bem que, eu notei um ar de desprezo quando ela falava que iria sair prum show que aconteceria na cidade. "É, eu mereço, eu causei tudo isso" eu pensei. Apesar dela não saber até hoje os motivos que me levaram a fazer o que fiz, ela ainda gosta de mim, e meus sentimentos não mudaram nada com relação sua pessoa. Apesar da pouca idade, ela foi e é fundamental pra minha existência. Ela pode não entender muitas coisas que eu tento falar, mas tem a sensibilidade suficiente para tentar.
Em suma, é inacreditável o que as pessoas podem descobrir ao acordar outras a qualquer hora da madrugada. Principalmente quem você ama.
Amor.
_____________________
Anexo
Vem - Vanessa da Mata
Vem
Que eu sei que você tem vontade
Que eu sei que você tem saudade de mim
Antes que haja enfermidade
Que eu não me recupere
Mas
Se decidir fazer surpresa
Deixei as chaves embaixo do xaxim
Comprei os doces que devora
Acho que agora não vai resistir
Um espelho pra sua vaidade
Dossel, pena de ganso
É quase um romance
Desligue nossos celulares
Três dias pra um começo, vem
Vem
Eu sei que você tem vontade
Eu sei que você tem saudade de mim
Antes que haja enfermidade
Que eu me desespere
terça-feira, 11 de setembro de 2007
Pipa : Dia II
Então, depois de dormir poucas horas, me levantei, peguei uma aspirina, coloquei no bolso, escovei os dentes e o cabelo e desci para tomar café-da-manhã, sozinho. Comi, comi, tomei a aspirina e voltei ao quarto para dormir mais a fim de melhorar completamente de tudo aquilo que sentia e me trazia aflição. Quando chego ao quarto, sou chamado de "Galado", por não chamar ninguém para tomar café-da-manhã, claro, ninguém sabia das minhas condições e quando falei, pelo "Han", eu senti um certo ar de entendimento e raciocínio para a zuação futura.
Fui dormir e quando acordei, eu tava novo. Completamente sem dor e com vontade louca de sair daquele quarto. O sol tava forte e o dia tava quente. Então as meninas foram participar na Golden House e nós (Lucas, André e Eu) fomos andar pela beira da praia. Andamos muito, subimos em pedras, recebemos rajadas de areia na cara, enfim, uma verdadeira aventura light. Foi quando estávamos voltando e econtramos as meninas num bar tomando um sol. Ficamos la com elas, até que Jéssica e Lucas nos convidam para irmos à Ponta do Madeiro.
Para chegarmos lá, andamos por muitas ruas e eu, muito expert, fiz a gente se perder em Pipa, Haha, mas foi tranquilo, porque Lucas se achou rápido e encontramos com eles, pegamos o carro e fomos fazendo "Rally" pelas ruas de barro da praia. Chegamos à Praia do Madeiro, um lugar lindo e calmo, valeu mesmo aquela tarde. Pois, de lá, fomos comer tapioca de Carne-de-Sol que foi uma beleza. A proprietária do local era uma senhora super receptiva e o local bem estratégico, no meio de uma ladeira muuuuito íngrime.
A essa altura, já sabíamos que não iria ter o Show de Natiruts, devido ao embargo dos bombeiros, então, não tivemos pressa e voltamos ao hotel para descançar, se arrumar e conversar mais besteiras.
Terminamos o dia com muita festa, participações e risos, bebidas e frio. Com certeza nosso feriado em Pipa foi muito animado e proveitoso.
Good vibes.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Pipa : Dia I
Começamos nossa viagem por volta das 7 da manhã, quando Ana Júlia e Mariana chegaram à casa de Lucas, onde estávamos andré e eu também a postos para embarcar nessa minha inédita aventura. Ana Júlia é mais do que ótima, ela é uma profusão de alegria e otimismo que chega se tem vontade de viver mais diante de sua extrema felicidade e disposição. Ótima motorista, nos levou e nos trouxe com segurança e muita emoção, de buraco em buraco nossa emoção era extrema, "IHUUUUUUUUUUUUU" era o grito de guerra e persistiu por toda a viagem. A trilha sonora era variada, O rappa, Aviões do Forró, Psy Trance e afins.
Chegamos ao Hotel, "NOSSA QUE LUGAR DECENTE", foi a expressão mais comentada por todos. Realmente Lucas tinha nos convidado para um local de luxo com direito a piscina coberta e descoberta e visão privilegiada para o mar. Pipa's Bay não será o mesmo depois da confusão do quarto 108, hahahaha. Depois do Check-in, fomos almoçar num lugar chamado "Tropical Leve", lugar pequeno, aparentemente limpo, não muito caro e a comida saborosa. Como eu estava com pouca fome, comi um sanduíche chamado "Americano", onde tinha pão de forma assado, verduras, queijo, ovo e presunto, também tomei um suco de acerola, que por um acidente de percurso, derramei quase todo em mim mesmo e fikei seboso por quase o resto da tarde. Haha, besteras que acontecem...
Andamos, Andamos, Andamos, e então decidimos ir ao Hotel dormir um pouco, porque afinal, tinhamos acordado muito cedo (4:50 AM) para chegarmos em Pipa sem maiores problemas. Depois de dormimos naquela cama inesquecívelmente enorme e acochegante, com aquele frio da sibéria, nos arrumamos e fomos pro show de Marcelo D2, com o ônibus da prefeitura que estava fazendo o traslado gratuito de ida e volta para o show. Fomos, todos, até minha prima Cristina foi conosco.
O show foi muito bom, apesar da chuva, e do enorme frio que passamos. Engraçado mesmo foi depois do final do show, que o motorista do ônibus, dormindo, não queria de jeito nenhum nos levar de volta do local do show (Tibau) para Pipa. Depois de muita discussão, pressão e gritos dos exaustos participantes do show, o motorista ligou o motor e fomos todos felizes de volta ao aconchego de nossas camas.
Eu tava morto de cansado, frio e com a garganta começando a inflamar, mas a emoção foi tanta, que tudo valeu a pena. Fomos dormir, até o próximo dia.
:p
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Quando a cidade não permite
Acredito que Natal é uma dessas cidades que boicotam o crescimento daqueles que têm sangue na adrenalina que corre em suas veias. Natal é um lugar ótimo para se viver. É limpo, é mais calmo que muitas cidades malucas pelo meio do mundo, é segura e "linda". Porém, eu acredito que aqui, para quem tem projetos de se tornar um CEO de uma boa empresa, viajar pra diversos lugares a trabalho, estudar em uma universidade de excelência internacional, saber falar dez línguas fluentemente, passar frio, entre outras coisas que a vida pode proporcionar não poderá fazê-lo.
Por isso, todos os meus amigos já sabem que eu quero ir embora de minha cidade e sabem porque. Às vezes eu fico até triste de ter que fazer isso, mas, foda-se, essa cidade é pequena demais pra mim, eu penso muito alto e ela não pode, ou não quer acompanhar a minha velocidade. Eu fico me perguntando, será que eu sou o único a pensar desse modo? Ou, Porque eu penso assim? Talvez porque eu tenha nascido no canto errado mesmo.
Quem entende ?
Fortuna.
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
Tempo: O remédio universal
A grande dificuldade é aprender a estar com o tempo, ser amigo dele, aprender com ele, conversar com o tempo que existe em você. A prática da paciência está intimamente ligado à sua gestão de tempo. Além de um poder de cura enorme, física e psicológica, o tempo é um eterno inimigo daqueles que gostam das coisas apressadas, pressa é um defeito, dói, abusa, só nos traz desconforto e acaba nos levando a cometer atos que o tempo jamais nos diria para fazer.
Tenho aprendido a controlar minhas emoções e a pensar no tempo. Penso no tempo de estudo, de trabalho, de ganhar dinheiro e de amar. Estou fazendo com que ele me traga coisas benéficas, obrigo o tempo a me proporcionar inúmeros prazeres e conquistas através do meu esforço controlado sobre o que desejo. Chegar a esse ponto de proficiência, admito, foi difícil, ardiloso, demorou. A demora existe para àqueles que sofrem da pressa, eu sou um deles e tento a cada dia me livrar disso, espero a cada dia ser alguém mais sereno.
Por falar em serenidade, escutei meu professor de Filosofia falar que a Felicidade é estar sereno, é ser equilibrado quanto às suas emoções. Estar muito feliz, exaltado ou muito triste, chorando rios de lágrimas por algo é estar em desequilíbrio consigo mesmo.
Por isso eu busco a serenidade, para estar feliz, através da gestão do tempo. Fácil!
Paciência a todos.
domingo, 26 de agosto de 2007
Dropes | 20 razões para você perder 10 kg
1. Porque você vive reclamando que está fora de forma. E porque vai ser bom pra você.
2. Dez quilos de gordura humana líquida enche 24 longnecks e ainda sobra "banha" para um copo de liquidificador.
3. Conhece aquela frase "um gordinho tem mais lugares onde ser amado"? Bom, na hora do sexo, ela significa "um gordinho em cima sempre pesa mais".
4. Calma lá, ninguém está falando para você escalar o Evereste ou escrever o livro mais incrível dos últimos tempos. Você pode perfeitamente perder peso nas horas vagas.
5.Você vai falar do fast-food do mesmo modo que fala daquela gata que enloqueceu sua cabeça: era bom demais pra ser verdade.
6. Você vai sacar a diferença entre ser tido como um cara divertido e um cara espirituoso.
7. Você vai perder gordura em todo o corpo, incluindo o púbis, ali, na base do pênis. Enquanto sua barriga encolhe, note como outra parte do corpo vai parecer maior!
8. Diminuirá o risco de doenças do coração, câncer, da próstata, diabetes, apnéia do sono, depressão, dor nas costas e nas juntas, impotência, hipertensão, baixo nível de espermatozóides. E sua necesidade de remédios tarja preta também vai diminuir.
9. Aumentarão suas chances de tocar na trave, quando for sua vez de pegar no gol.
10. Você vai ficar - literalmente - mais próximo das mulheres.
11. Olha só o abdome do cara!!
12. Homens que perdem peso nunca fazem menos sexo. Ele podem até não fazer mais sexo que a média, mas, com certeza, nunca transam menos.
13. Na piscina, seu mergulho não vai mais ser chamado de "salto free willy".
14. Pesquisas demonstram que, em caso de ser arremessado contra o pára-brisas do carro num acidente, o cara que pesa menos tem menos probabilidade de morrer.
15. Você vai lembrar como é legal perder peso toda vez que levantar um halter de 10 quilos.
16. Você vai poder se coçar em lugares nunca antes alcançados!
17. Você deve ter ouvido que o prazer de tirar as calças sem esforço é ... Impagável.
18. Você vai fazer muito mais puxadas na barra, porque há menos peso pra puxar.
19. Espere até pilotar uma moto ou um jet ski com 10 quilos a menos! Você vai se sentir um Ayrton Senna.
20. Quem perde peso é valorizado. Mesmo que não faça nada demais pelo resto da vida, você já conseguiu pelo menos, perder 10 quilos. Valeu!
Abraço light. :p
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Salmão ao vinagrete e arroz selvagem
Portanto, decidi compartilhar com vocês essa receita e dar como sugestão para um Get Together ou com somente com o Affair.
Salmão ao vinagrete e arroz selvagem
Peixe
Arroz selvagem
Modo de Fazer
Peixe
Arroz selvagem
Montagem
Saúde.
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Vanessa da Mata
Foi na Europa, com os inúmeros baianos que viajei que acabei conhecendo vários novos estilos musicais, novas gírias e manias. Especificamente, meu amigo de quarto, Alexandre Santana, um rapaz jovem, de personalidade forte, respeitador e confiável que tive maior afinidade. Interessante é que ele vivia com seu Mp3 Player cantarolando para todos os cantos que ia durante os passeios, e então decidi matar minha curiosidade, querendo saber o que tanto aquela alma aventureira ouvia e imaginava.
Lembro-me como se fosse agora. Ele colocou na faixa 5, que correspondia a música "Vermelho", e me entregou o minúsculo aparelho. Diverti-me a beça, simplismente aqueles acordes musicais e a melosa voz daquela mulher cantando coisas hermeticamente conectadas, faziam-me idealizar um sistema perfeito. Eu me encontrava nos Alpes Austríacos e a música era assaz brasileira.
Depois de ouvir várias e várias musicas, tantas vezes, acabei as decorando e hoje simplismente não paro de cantá-las, por motivos óbvios: me faz bem cantar, me traz lembranças de grande magnitude e me faz valorizar os artistas brasileiros, o que julgo demasiadamente importante, mas isso é outra história.
Paz. :)
Influências
Também não posso deixar de lado, Marcela Medeiros (http://www.turnchaosintoart.blogspot.com/) com suas poesias e devaneios totalmente excelentes e multiformes. Ela sou eu e eu sou ela, apenas com ínfimas diferenças, principalmente o sexo e o estilo de vida, o resto, pode-se dizer o mesmo.
Acredito que esse blog representa uma grande nova oportunidade para expressar os meus medos, felicidades, preocupações, atividades diárias, conquistas, perdas e demonstrar meu interesse por fotografia, gastronomia, musculação/tênis/endurance, mercado financeiro e viagens. Sem contar que advogado que se preza é aquele que escreve bem, e eu como um afinco estudante de Direito não farei fuga da regra.
Agradeço pela visita e espero que tenhamos uma vida muito rica de satisfação e aprendizarem. :)
Prosperidade.